Assinava o documento um chefe militar que até então não fora vencido.
E tratou de preparar a vitória. Procurou, inicialmente restabelecer as atividades comerciais na conflagrada Província. Criou estabelecimentos nas faixas de fronteira que privassem os rebeldes de conseguir aprovisionamentos nos países vizinhos. Sabedor que só teria êxito se contasse com maior número de cavalos, efetuou a compra de animais e adquiriu a forragem necessária. E habilidosamente atraiu Bento Manuel para o seu lado dando-lhe expressivo comando.
O plano de Caxias resumia-se em partir para o interior com as tropas articuladas em uma só coluna, precedida naturalmente de uma vanguarda. Esperava poder atrair os revolucionários, travar batalha campal e batê-los. Os remanescentes haveriam de se exilar nos países vizinhos.
A execução do planejamento exigia uma concentração inicial dos meios disponíveis. As forças imperiais estavam dispersas; parte achava-se na região de Pelotas, parte em Porto Alegre e Rio Pardo, e o grosso ocupava a margem esquerda do Jacuí, no Passo de São Lourenço (Fig 2).
Iludindo o adversário quanto ao local de travessia do canal de São Gonçalo e marchando ao longo da Lagoa dos Patos, Caxias evitou ser batido por partes. Conseguiu alcançar seu objetivo, levando a maioria dos meios de Porto Alegre e Rio Grande para juntar-se ao grosso do exército, deixando nesses locais um mínimo de forças.
Itinerário seguido pelo Conde de Caxias desde a partida de Porto Alegre até a surpresa de São Gabriel
Reorganizou os seus elementos e antes de marchar lançou um destacamento sob o comando do Coronel Jacinto Correia com a missão de galgar a serra e bater as forças farroupilhas de José Gomes Portinho, de forma que não viessem a perturbar-lhe a ligação com a capital.
O Coronel cumpriu a missão. Portinho foi obrigado a retrair, realizando um grande movimento circular e reunindo-se em Alegrete a seus partidários.